quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Nas Montanhas dos Gorilas



NAS MONTANHAS DOS GORILAS (Gorillas in the Mist: The Story of Dian Fossey, 1988, 129 min)
Produção: Estados Unidos
Direção: Michael Apted
Roteiro: Anna Hamilton Phelan e Tab Murphy, baseado nos trabalhos de Dian Fossey e de Harold T. P. Hayes
Elenco: Sigourney Weaver, Bryan Brown, Julie Harris, John Omirah Miluwi, Iain Glen, David Lansbury, Michael J. Reynolds.

“Nas Montanhas dos Gorilas” (1988) é inspirado na história real de Dian Fossey, a pesquisadora que viaja para a África, perto das selvas de Ruanda, para estudar os gorilas das montanhas. Fossey consegue, de forma corajosa e surpreendente, se aproximar desses animais, sobre os quais pouco se sabia até então. Ela começa a estudá-los bem de perto e a desenvolver até mesmo um processo de comunicação com eles. Seu esforço para proteger os gorilas supera qualquer outro interesse em sua vida: seu romance com o fotógrafo da National Geographic termina por causa disso, e suas táticas para aterrorizar os caçadores ruandeses a transformam numa pessoa mal vista e com fama de louca. A luta de Fossey termina de forma trágica, mas seu legado permanece até hoje.

O filme de Michael Apted, diretor britânico com experiência de documentarista, é muito bem realizado. Mesmo sendo uma biografia, o filme não se furta a questionar a personalidade da sua biografada, que é mostrada de forma humana, com todas as suas qualidades e defeitos. Filmado em locações e com a presença de gorilas reais em algumas cenas, o projeto passa uma grande sensação de autenticidade.

Porém o maior atrativo de “Nas Montanhas dos Gorilas” é o desempenho sensacional de Sigourney Weaver, indicada como Melhor Atriz. Ela estava no auge naquela época: naquele mesmo ano concorreu também como coadjuvante por “Uma Secretária de Futuro”, apenas dois anos após ter feito história no Oscar como a primeira nominada como Melhor Atriz por um filme de ficção-científica, “Aliens” (1986) de James Cameron. A atuação dela como Dian Fossey é verdadeira e intensa, e em vários momentos comovente. Weaver, notadamente uma das atrizes mais fortes que já apareceu numa tela de cinema, empresta a este filme uma força palpável que transcende até mesmo a direção ou o roteiro. Ela não levou o Oscar, mas poderia ter ganhado sem problema algum – e aparentemente entrou naquele rol das grandes atrizes que foram muitas vezes indicadas, mas nunca premiadas.

INDICAÇÕES:
1. Melhor Atriz: Sigourney Weaver
2. Melhor Roteiro Adaptado: Anna Hemilton Phelan e Tab Murphy
3. Melhor Edição: Stuart Baird
4. Melhor Som: Andy Nelson, Brian Saunders e Peter Hanford
5. Melhor Trilha Sonora: Maurice Jarre

por Ivanildo Pereira

2 comentários:

Serginho Tavares disse...

uma pena que ela não tenha vencido e uma pena que talvez ela ganhe um dia (como consolação) por um filme menor ou pelo conjunto da obra

Luís disse...

Eu realmente acho que Weaver fez um trabalho maravilhoso aqui. Difícil não se apaixonar pelo seu trabalho nesse filme.